"o grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar."


sócrates

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ostra feliz não faz pérola

A primeira vez que ouvi falar que ostra feliz não fabricava pérola, fiquei sem entender, pensei, meditei, avaliei e procurei o texto de Rubem Alves sobre as ostras. Após ler esse texto compreendi é necessário a dor para que a ostra faça suas pérolas e em momentos sofridos e tristes eu lembro que essa dor é necessária pra que eu possa fazer minhas pérolas.



"Ostras são moluscos, animais sem esqueletos, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, de pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos - seriam uma presa fácil dos predadores.



Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem.



Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas, saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário... Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste... As ostras felizes riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão..." Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor.



O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava o seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho - por causa da dor que o grão de areia lhe causava.



Um dia passou por ali um pescador com seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-a para sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-a em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade; era uma pérola, uma linda pérola. Apensa a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz..."



Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras,e vale para nós, seres humanos.



As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores da alma.



Rubem Alves





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vitrine da vida.





Estamos todos expostos em uma grande vitrine, da vida. A todo momento tem gente à nós observa da cabeça aos pés. E muito estranha a sensação que dar ao ser sentir observada. Me coloco na posição de um manequim sendo observado a única diferença é que nós seres humanos temos sentimentos e a cada olhar a nos observar uma sensação diferente a envolve-nós. Quando alguém fica a observar-nos, nos passa uma sensação de impotência , pois estamos sendo analisados por nossos pontos altos e baixos, mas nunca saberemos verdadeiramente o que cada um pensa da gente. Então temos que procurar dar para o mundo o melhor de nós, mesmo que o melhor de nós ainda não seja tão bom. Acredito que quando atingimos a perfeição e o fim, não se tem mais nada a fazer. Por isso eu Mariana de Oliveira não quero ser perfeita, pois não quero para mim um fim, eu quero sempre e sempre um novo recomeçar. E em cada recomeçar eu vou subindo os degraus da minha evolução, mas minha meta não é o topo, pois lá e muito solitário, tem muita gente mais todos se acham muito para se quer olhar para o lado, então busco esta sempre em um patamar intermediário para poder esta próxima daqueles que estão por baixo e daqueles que estão por cima e ali no meio posso ser eu mesma, pois não me sinto melhor que ninguém. Tenho certeza que quando ao me olhar você me ver fraca e frágil e ali que estou mais forte e poderosa e quando você me olhar e me ver forte e poderosa e ali que estou mais carente, isso não é regra mais é fato, só quero aqui deixar claro que não devemos julgar as pessoas pelas aparências e sim buscar compreende-las através do diálogo e do bem conviver.

Por: Mary_Mariana de Oliveira....